
O número dois da Al-Qaeda, o líbio Abu Yahya al-Libi, morreu em um bombardeio com drones (aviões não tripulados) no Paquistão, anunciaram nesta terça-feira porta-vozes dos Estados Unidos, que afirmaram ter infligido um "revés maior" à rede extremista pouco mais de um ano depois da morte de Osama bin Laden. "Nosso governo pode confirmar a morte de Al-Libi", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, depois de outro alto funcionário americano ter dito que havia "um alto nível de confiança" na veracidade da morte do dirigente da Al-Qaeda.
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ataque de comandos no Paquistão, seu número dois, o egípcio Ayman al-Zawahiri, assumiu a liderança da rede. Abu Yahya al-Libi, um líbio considerado um dos principais teóricos da Al-Qaeda, apareceu em várias ocasiões nos últimos anos em mensagens de vídeo na rede. Em março, pediu aos rebeldes líbios para manter sua ofensiva contra o regime de Muamar Kadhafi. Segundo o alto funcionário americano que deu declarações sob anonimato, "os reveses infligidos à direção central da Al-Qaeda nestes últimos anos prejudicaram a tal ponto seus efetivos que hoje não há um sucessor claro que possa assumir as responsabilidades (de Al-Libi), o que representa uma dificuldade a mais para Zawahiri controlar o grupo de
forma eficaz". Ben Venzke, especialista do IntelCenter, um centro de vigilância dos sites islâmicos, afirmou que "a morte de Al-Libi vai afetar toda a comunidade de 'jihadistas', pelo fato de ser uma de suas figuras mais visíveis em todo o mundo". No terreno político, a operação pode ser rentável ao presidente americano, Barack Obama. Cinco meses antes das eleições nas quais pretende se reeleger, o presidente tem uma arma
para responder os ataques de seu adversário republicano Mitt Romney, que o acusa de se mostrar fraco no nível internacional. Por outro lado, as relações já tensas entre Washington e Islamabad podem sofrer uma nova degradação, depois da operação clandestina das forças especiais americanas que levou ao assassinato de Bin Laden, a morte por erro de 24 soldados paquistaneses em bombardeios americanos e a negativa do Paquistão de reabrir as rotas de abastecimento da Otan em relação ao Afeganistão.

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